O advogado de defesa de Rafael Rodrigues, que confessou ter matado a miss Kimberly Karen Mota, de 22 anos, disse que ele se manifestou arrependido pelo crime. Rodrigues foi preso na sexta-feira (15) em Roraima.
Rafael Rodrigues tem 31 anos e era considerado foragido. Depois de ser localizado, ele disse à polícia que cometeu o assassinato por ciúmes. Com algemas e descalço, ele chegou em Manaus na noite de sábado (16).
O advogado do suspeito, Johnny Brito, disse que acompanhou o depoimento dele à polícia e que, partir de agora, irá se inteirar do conteúdo dos autos. Segundo Brito, Rafael se arrepende do crime.
“Em momento algum ele nega, é réu confesso. Ele demonstra arrependimento. Sabe da gravidade do que ele fez. Se arrepende, falou isso abertamente para as autoridades policiais”, disse.
O assassinato
O corpo da Miss Manicoré, Kimberly Karen Mota de Oliveira foi encontrado na madrugada de terça-feira (12), dentro do apartamento de Rafael Rodrigues. A última vez que a família teve contato com miss foi no domingo (10), quando ela moça disse que estava com o namorado, relatou um tio ao G1.
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Na noite de segunda (11) familiares foram até o apartamento do suspeito, mas não foram atendidos. Durante a madrugada do dia seguinte, a família recebeu a ligação da polícia informando que ela havia sido encontrada morta no local. Na varanda do apartamento do suspeito, a polícia localizou a faca usada no crime.
Uma amiga da vítima contou à polícia que o namorado buscou a jovem no domingo (10) e a levou até o apartamento dele. Imagens do circuito de câmera mostram o momento em que a vítima sai da casa de uma amiga e entra do carro do namorado.
Rafael e Kimberly se conheceram em uma boate de Manaus, mas, segundo a investigação, ele já acompanhava a miss pelas redes sociais antes de se relacionarem.
Kimberly era a atual Miss Manicoré e cursava odontologia da Faculdade Metropolitana de Manaus (Fametro). Ela foi sepultada na tarde de terça (11) em Manicoré, no interior do Amazonas, a 330 Km da capital amazonense.
Rafael, de acordo com a polícia de Manaus, é natural de São Bernardo do Campo (SP) e se mudou para Manaus em 2017, quando ingressou no Tribunal Regional do Trabalho da 11ª Região – Amazonas e Roraima (TRT11)
A fuga
Após o crime, Rafael fugiu de Manaus. A entrada do suspeito em Roraima foi registrada na barreira sanitária na vila do Jundiá, em Rorainópolis, na divisa com o Amazonas. A fiscalização pega dados de passageiros para ficha epidemiológica sobre o coronavírus.
Nessa quarta-feira (13), a Polícia Civil de Roraima encontrou o carro de Rafael capotado na BR-174, em Caracaraí, ao Sul do estado. A suspeita era de que ele planejava fugir para a Espanha, passando pela Venezuela. A Polícia Civil do Amazonas chegou a informar que ele havia conseguido entrar no país.
De acordo com a Civil, Rafael pegou carona e depois um táxi até Caracaraí, onde fez um saque. Depois seguiu para Boa Vista, onde retirou mais dinheiro e seguiu para Pacaraima, município ao Norte de Roraima e que faz fronteira com a Venezuela.
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Após a prisão, o delegado geral de Roraima, Herbert Amorim, informou que Rafael passou pelo Exército brasileiro e tentou entrar na Venezuela, mas foi impedido pela Força Nacional do país vizinho antes de ser preso.
Após a tentativa de fuga frustrada, Rafael retornou para Pacaraima, município ao Norte e que faz fronteira com a Venezuela. Ele se escondeu em uma cabana improvisada em região de mata e pagou para que venezuelanos fizessem a sua guarda pessoal.
“Quando os agentes receberam a informação de que ele estava escondido, foram verificar e encontraram seis venezuelanos que atacaram os policiais civis com facões. Foi necessário pedir ajuda da PM, que foi informada que Rafael estava escondido na mata”, explicou Amorim.
Com novas buscas e apoio de policiais militares, foi preso na tarde dessa sexta-feira (15). Junto com ele também foram presos dois venezuelanos, de 24 e 17 anos, por crime de favorecimento pessoal.
Os dois são irmãos e foram encaminhados à delegacia de Pacaraima. Eles disseram que não sabiam que Rafael era foragido e foram liberados após assinar um termo de compromisso para se apresentar à Justiça posteriormente.
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